Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades nutritivas, fisiológicas e medicinais no produto, o que lhe confere um grande potencial de aproveitamento. O mestre em botânica Renato Kaspary em publicação de 1991 sobre erva-mate e Eunice Valduga, em dissertação para obtenção do grau de mestre (95), trazem várias informações a respeito.
Na constituição química da erva-mate, aparecem:
Alcalóides (cafeína, metilxantina, teofilina e teobromina), taninos (ácidos fólico e cafeico), vitaminas (A, Bi, B2, C e E), sais minerais (alumínio, cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, rafinose e sacarose), lipídeos (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.
Assim, considera Kaspary, "a erva- mate é considerada um alimento quase completo, pois contém quase todos os nutrientes necessários ao nosso organismo".
Também é extenso o rol de propriedades terapêuticas da erva-mate, de modo especial em razão da presença de alcalóides, como a cafeína, na sua composição.
Destaca-se principalmente que o mate é estimulante da atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos eliminando a fadiga. Observa-se também que estimulante do mate é mais prolongada que a do café, sem deixar efeitos colaterais ou residuais como a insônia e irritabilidade. Por outro lado, o chimarrão atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmoniza o funcionamento bulbo-medular. Age também sobre o tubo digestivo, facilita a digestão e favorece a evacuação e mictação.
É considerada ainda um ótimo remédio para pele e reguladora das funções do coração e da respiração, além de exercer importante papel na regeneração celular.
O chimarrão, segundo institutos de pesquisas internacionais, é um tônico estimulante do coração e do sistema nervoso: elimina os estados depressivos, conferindo ao músculo maior capacidade de resistência a fadiga, sem causar efeitos colaterais. Após estudos realizados sobre os efeitos fisiológicos exercidos pela erva-mate concluíram: O emprego da infusão aumenta as forças musculares, desenvolve as faculdades mentais, tonifica o sistema nervoso, regulariza e regenera as funções do coração e respiração, facilita a digestão e determina uma sensação de bem estar e vigor no organismo, sem acarretar depressões ou qualquer efeito colateral no organismo, como a insônia, palpitações ou agitações nervosas provocadas por outras bebidas similares, permite como bom alimento (natural) que sejam suportadas as fadigas e a fome.
A erva-mate contém altas proporções de vitamina E, efetiva na regulação das funções sexuais, além de ser um elemento indispensável para a pele.
As análises feitas com as folhas de erva-mate mostram que esta planta possui vitaminas, aparecendo em maior escala as do complexo B; possui também cálcio, magnésio, sódio, ferro e flúor, minerais indispensáveis a vida.
Diurético, o chimarrão é um concorrente da cafeína. estimulante do coração e do sistema nervoso, elimina os estados depressivos e tonifica os músculos contra a fadiga e o cansaço. Não é apenas água e erva, tem complexo B, cálcio, magnésio, sódio, ferro e flúor.
As pesquisas sobre o chimarrão estão iniciando seriamente agora. Revelam que a bebida temantioxidantes, também presentes no badalado chá verde (chinês), e que produz um leve efeito contra a coagulação no sangue, como a aspirina, diz o cardiologista Fernando Lucchese.
Suas ferramentas são simples, constituídas de cuia (a cabeça do porongo decapitado) e bomba (de prata é a melhor; várias famílias gaúchas têm a peça com bocal de ouro, uma jóia que fica curiosamente na gaveta dos talheres). Retirada da erveira, planta que atinge a altura de 6 a 8 metros e similar a uma laranjeira, a erva-mate cobre dois terços da cuia. Botando menos, é mate comprido. Botando mais, é mate curto.
A água a ser posta deve estar quente, não fervida, pois pode queimar a erva e infundir gosto infeliz de pneu queimado. A cuia tem capacidade de mais ou menos um copo, é cheia com erva até a metade, completando-se o resto com água quente. Quando o mate é de boa qualidade, pode-se escaldá-lo até dez ou 12 vezes sem renovar a erva.
Porém, segundo o cardiologista Fernando Lucchese, o chimarrão pode causar gastrite e esofagite, pela composição da erva ácida e água quente. Está relacionado ao câncer de lábio, esôfago e de língua.
Como preparar:
A receita é simples, mas requer alguma habilidade manual, coisa que só a prática dá: a água tem que estar quente, mas não fervida (desligue a chaleira quando ela começar a chiar, não depois por isso é que chaleiras de aço não prestam para o bom preparo).
Enquanto a água esquenta, molhe a cuia por dentro, para aquecê-la. Coloque a erva, com a cuia meio de lado (mais ou menos a metade do volume interno da cuia). Com a erva por assim dizer encostada em um dos lados da cuia, bota-se a água, para firmar o morrinho.
Coloque a bomba quando a água posta para firmar o morrinho já foi absorvida pela erva, de forma que a bomba entra a seco (mas há quem a coloque com a água ainda ali); arrume o morrinho com o bulbo da bomba e está pronto.
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